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Empresa brasileira inova ao oferecer concierge completo para turismo médico no país

Reconhecido por sua excelência médica, pela criatividade de seus profissionais e pela hospitalidade cultural, o Brasil reúne muitos dos ingredientes necessários para se tornar um protagonista global no turismo médico. Ainda assim, até recentemente, faltava ao país um modelo realmente estruturado e profissionalizado, capaz de articular saúde de ponta com logística, acolhimento e uma jornada humanizada para pacientes estrangeiros. Foi para preencher essa lacuna que surgiu a Hale Health Concierge, uma empresa que nasce com ambições internacionais, mas com raízes profundamente brasileiras. Curiosamente, a ideia começou dentro de uma sala de aula.

O embrião do projeto surgiu em 2020, quando Amanda Ferraz trabalhava na expansão de clínicas de dermatologia. Mas foi em 2024 que a ideia ganhou corpo, ao se tornar o trabalho de conclusão de curso da pós-graduação em Marketing e Negócios de Luxo da ESPM. Amanda se uniu às sócias Silvana Sena e Alice Pinho para transformar uma demanda real em uma proposta inovadora. O resultado é a Hale, uma health concierge que organiza de forma completa a jornada de quem vem a São Paulo em busca de tratamento médico, seja um paciente estrangeiro ou um brasileiro de outro estado.

O modelo de atuação parte de um princípio simples: saúde de excelência exige estrutura de excelência. A Hale oferece um serviço completo de concierge médico, que inclui curadoria criteriosa de médicos parceiros, agendamento de exames e cirurgias, tradução simultânea, transporte executivo, hospedagem, suporte pós-operatório e experiências personalizadas. Há pacientes que permanecem semanas no Brasil, e a proposta é tornar cada etapa desse período tranquila, segura e acolhedora. A experiência vai além do hospital, envolvendo personal shopper, chef de cozinha, turismo cultural e até acompanhamento psicológico.

Silvana Sena, que responde pela operação da empresa, reforça que não se trata apenas de agendar cirurgias, mas de proporcionar cuidado e bem-estar ao longo de toda a jornada. Já Alice Pinho, responsável pela comunicação, observa que a Hale também vem sendo procurada por brasileiros que se deslocam de outras regiões do país, como Salvador, Recife ou Curitiba, em busca de procedimentos seletivos em São Paulo. Para esse público, o suporte também faz toda a diferença.

Os números mostram que o Brasil já é uma potência técnica na área da saúde. Em 2023, foram realizadas mais de dois milhões de cirurgias plásticas no país, segundo a Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica. Na odontologia, o Brasil ocupa o segundo lugar no ranking mundial, concentrando 19% de todos os dentistas do planeta, conforme dados do Conselho Federal de Odontologia. Apesar desse protagonismo, ainda faltava ao país um ecossistema que integrasse todos os aspectos da jornada de um paciente internacional.

É nesse ponto que a Hale se diferencia. A empresa atua tanto de forma direta, captando pacientes no exterior, quanto em parceria com clínicas e médicos brasileiros que já recebem pacientes internacionais, mas não dispõem de estrutura para oferecer uma experiência completa. Em ambos os modelos, a Hale assume a gestão da logística e da hospitalidade com o objetivo de garantir qualidade, ética e segurança em cada detalhe.

Em poucos meses de operação formal, a empresa já atendeu pacientes dos Estados Unidos, da Europa e de países da América Latina. Também tem crescido o número de brasileiros que contratam os serviços em deslocamentos médicos internos. A Hale mantém uma carteira seletiva de profissionais renomados e adota critérios rigorosos de curadoria. Para as sócias, o compromisso com a excelência técnica vem acompanhado de um cuidado especial com o atendimento próximo e individualizado.

O turismo médico é um setor em expansão global. Estima-se que movimente mais de 40 bilhões de dólares por ano e que cresça a uma taxa média anual de 21,2% até 2032, segundo dados da consultoria Market Research Future. Na América Latina, o Brasil lidera em diversidade e qualificação técnica, mas ainda precisa avançar na oferta de uma jornada integrada e sofisticada, capaz de competir com mercados já consolidados como Turquia, México e Colômbia.

Amanda Ferraz acredita que o Brasil tem tudo para alcançar esse novo patamar. Para ela, o país pode e deve ser reconhecido como um polo internacional de saúde e bem-estar, sem abrir mão da humanização e do calor humano que fazem parte da identidade brasileira. Seu objetivo com a Hale é justamente construir essa ponte, onde o tratamento médico de excelência se encontra com experiências personalizadas e acolhimento genuíno. Afinal, saúde também é confiança.

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