Residência internacional tornou-se uma estratégia cada vez mais relevante para quem busca liberdade geográfica, segurança em tempos incertos e acesso a novas oportunidades de vida. Além de benefícios práticos, como permanência prolongada em destinos desejados sem as limitações do visto de turista, um segundo status de residente pode abrir portas para vantagens fiscais, sistemas de saúde mais acessíveis, educação de qualidade e até caminhos acelerados para a cidadania. Entre as diversas formas de conquistar esse direito, os programas baseados em investimento imobiliário – conhecidos como “golden visa” – destacam-se pela clareza e rapidez. Seis países, em particular, oferecem essa possibilidade com características únicas.
Belize figura entre as opções mais acessíveis. O país do Caribe exige um investimento mínimo de cerca de US$250 mil em imóveis, o que garante residência temporária, com a possibilidade de evoluir para a permanência definitiva após um ano. A condição é simples: não permanecer fora do país por mais de 14 dias nesse período. A combinação entre processo direto e estilo de vida descontraído torna Belize especialmente atrativo para quem busca uma segunda base tropical.
Na América do Sul, a Colômbia também aposta em investidores imobiliários para fortalecer seu mercado. Com um valor mínimo de aproximadamente US$123 mil, o Visto de Migrante, válido por três anos, abre caminho para residência permanente após cinco anos. A exigência de permanência de ao menos 180 dias por ano e a necessidade de comprovar solvência financeira reforçam o vínculo com o país, que se diferencia pela ausência de obrigatoriedade de apresentar atestado criminal no processo inicial.
Já a República Dominicana apresenta um dos caminhos mais curtos e vantajosos. O Visto de Investidor concede residência permanente imediata, desde que o aporte seja de pelo menos US$200 mil. Mais do que isso, o país se destaca por permitir o pedido de cidadania em apenas seis meses de residência legal, desde que o solicitante tenha domínio do espanhol suficiente para passar pela entrevista de imigração. Trata-se de um dos processos mais céleres do mundo, um atrativo para quem busca agilidade.
Na Europa, a Grécia mantém-se entre os programas de golden visa mais desejados. O país mediterrâneo exige investimentos que variam de €250 mil a €800 mil, dependendo da localização e do tipo de imóvel. A autorização é válida por cinco anos, renovável, e contempla familiares diretos. Ainda que a cidadania só seja possível após sete anos, o país não impõe estadia mínima para a manutenção da residência, tornando-se um destino estratégico para investidores que desejam usufruir da solidez europeia e do prestígio cultural grego.
Montenegro surge como uma exceção interessante no cenário internacional. Diferente da maioria dos programas, não há valor mínimo de aporte exigido: a simples compra de qualquer imóvel já confere o direito de residência. Embora a autorização seja renovada anualmente, ela pode evoluir para residência permanente após cinco anos. O país balcânico, que vem despontando como destino turístico e econômico em ascensão, atrai justamente pela facilidade de entrada.
O Panamá completa a lista como um dos destinos mais consistentes para investidores estrangeiros. Reconhecido por sua política fiscal favorável, o país oferece duas opções principais: o Visto de Nações Amigas, que exige investimento de US$200 mil, e o Visto de Investidor Qualificado, que requer US$300 mil e já concede residência permanente direta. A aprovação costuma ser acelerada e não há necessidade de iniciar o processo dentro do país, o que garante maior flexibilidade ao investidor.
Esses seis destinos refletem como a residência por meio de imóveis pode ser mais do que uma alternativa burocrática: ela se torna um passaporte para novas formas de viver, trabalhar e investir. Cada país apresenta nuances próprias, desde a rapidez do processo dominicano até a flexibilidade montenegrina, passando pela solidez europeia grega. Em comum, todos oferecem algo que vai além da posse de um imóvel: a possibilidade concreta de abrir fronteiras pessoais e profissionais em um mundo cada vez mais conectado.