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Samsung aposta em refinamento e inteligência artificial no Galaxy Tab S10 Ultra

O Galaxy Tab S10 Ultra foi lançado em outubro do ano passado com a missão de sustentar seu preço superior a dez mil reais e reforçar a posição da Samsung no mercado de tablets premium. À primeira vista, ele mantém a fórmula de sucesso da geração anterior, com design ultrafino de 5,4 mm, corpo em alumínio elegante e certificação IP68 contra água e poeira, além da S Pen inclusa na caixa. A tela de 14,6 polegadas segue como destaque, agora com acabamento antirreflexo que melhora a visibilidade em ambientes iluminados, mantendo a tecnologia AMOLED Dinâmico 2X com taxa de atualização de até 120 Hz e cores vibrantes. O sistema de som da AKG com quatro alto-falantes entrega potência e equilíbrio, permitindo uma experiência imersiva tanto em vídeos quanto em jogos.

A principal mudança técnica é a adoção do chip MediaTek Dimensity 9300 Plus, que substitui a solução Snapdragon da geração passada. A escolha gerou questionamentos, mas os testes mostram desempenho robusto, ultrapassando 1,7 milhão de pontos no AnTuTu e se mostrando eficiente em multitarefas, edição de vídeo, jogos pesados e recursos de inteligência artificial, que ganham protagonismo no Galaxy AI com funções como transcrição de voz, edição de imagens e tradução simultânea. A integração do tablet com o ecossistema Galaxy é fluida, permitindo responder chamadas, usar o aparelho como webcam e potencializar a experiência em conjunto com outros dispositivos da marca. Ainda que o desempenho impressione, a redução na configuração máxima de memória, limitada a 12 GB de RAM e 512 GB de armazenamento, pode decepcionar quem esperava mais, já que a geração anterior oferecia até 16 GB e 1 TB.

A bateria de 11.200 mAh sustenta um dia inteiro de uso com tranquilidade e rende cerca de 14 horas de reprodução de vídeo. O problema é o carregamento: com o adaptador de 15 W incluso na caixa, são necessárias quase quatro horas para atingir 100% de carga, uma inconsistência para um produto desse porte, ainda que seja possível reduzir o tempo investindo em um carregador de 45 W. Nas câmeras, o conjunto é competente sem inovar, repetindo os sensores de 13 MP e 8 MP na traseira e dois de 12 MP na frente. As imagens são saturadas e vibrantes, boas para videochamadas e digitalizações, e há suporte para gravação em 4K, embora a usabilidade de um tablet desse tamanho como câmera principal continue limitada.

No balanço final, o Galaxy Tab S10 Ultra não revoluciona, mas refina o que já era sólido. Ele combina uma tela de excelência, áudio envolvente, performance de ponta e funções de inteligência artificial que ampliam as possibilidades de uso criativo e profissional. Seus pontos fracos estão mais ligados à estratégia de entrega do que ao produto em si: tempo de recarga excessivo, ausência imediata do Android 15 e preço elevado em um mercado cada vez mais restritivo. Quando comparado ao iPad Pro, o modelo da Samsung oferece um equilíbrio interessante entre custo e recursos, ainda que o concorrente da Apple traga um chip mais poderoso. Para quem busca um tablet Android de altíssimo nível, disposto a arcar com o investimento, o Galaxy Tab S10 Ultra é uma escolha segura e consistente.

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