A maquiagem sempre foi uma extensão do poder visual da moda. Quando uma marca como Tom Ford Beauty decide redefinir sua estética, o movimento reverbera além das passarelas. É exatamente o que acontece agora, com a chegada de Lucy Bridge como maquiadora global da casa. A britânica, conhecida por sua sensibilidade artística e por transformar rostos em telas de arte contemporânea, representa uma nova fase para o universo de beleza da marca.
Lucy descreve sua nomeação como um sonho realizado. “Sinto que trabalhei a vida toda para chegar até aqui”, escreveu em suas redes, ainda tomada pela surpresa da conquista. Sua função vai muito além da criação de looks: é sobre traduzir a visão criativa de Haider Ackermann, atual diretor criativo da grife, para o território da beleza. É um equilíbrio delicado entre preservar a identidade icônica da marca e trazê-la para o presente, com frescor e autenticidade.

O caminho até esse posto foi tão singular quanto inspirador. Descoberta aos vinte anos em um ônibus em Shoreditch, Londres, pelo fotógrafo Tim Walker e pelo stylist Jacob K., Lucy começou a se destacar por maquiagens ousadas e expressivas que rapidamente conquistaram o mundo da moda. Trabalhos com marcas como Dries Van Noten e Mugler consolidaram sua assinatura estética, uma fusão entre precisão técnica e liberdade criativa.
Em 2023, a artista conheceu Haider Ackermann, e dessa conexão nasceu uma parceria profissional sólida. Eles trabalharam juntos em projetos para FILA e Jean Paul Gaultier antes de unirem forças no primeiro desfile da Tom Ford sob a direção de Ackermann, em março de 2025. Poucos meses depois, a nomeação de Lucy como Global Makeup Artist oficializou o início de uma nova era para a Tom Ford Beauty.
A marca, símbolo de elegância e provocação, é reconhecida por unir sofisticação a uma irreverência sutil. Seus perfumes e velas, como o icônico Black Orchid e o provocante Lost Cherry, tornaram-se clássicos modernos, enquanto os batons Runway Lip Color se consagraram como referência entre profissionais e consumidores de beleza de luxo. Angelina Jolie foi escolhida como o primeiro rosto da linha, reforçando o caráter atemporal e magnético da marca. Lucy considera o tom Scarlet Rouge seu vermelho definitivo, descrevendo-o como “icônico, cremoso e infinitamente elegante”.

Nos bastidores das últimas temporadas de Paris Fashion Week, sua visão estética ganhou forma. No desfile de primavera-verão 2026, Lucy criou peles luminosas e naturais usando a base Architecture Radiance Hydrating Foundation SPF50+. “Queríamos uma pele pura, saudável e elegante”, explica. A fórmula leve e com acabamento radiante se tornou sua aliada para alcançar o equilíbrio entre naturalidade e luxo.
Os cílios intensos que chamaram atenção na passarela nasceram da Emotionproof Mascara em Noir. “Apliquei cílios postiços apenas nos cantos internos e externos e intensifiquei o efeito com a máscara, criando um resultado pontudo e dramático.” Já para os lábios, o lápis Runway Lip Liner no tom Private Client foi a escolha para moldar bocas tridimensionais e sensuais.
Em seu kit pessoal, dois itens são indispensáveis: o Brow Sculptor, que combina precisão e pigmentação com uma ponta de formato caligráfico, e o Eye Defining Pen, um delineador de dupla ponta que permite tanto traços finos quanto delineados gráficos. Para Lucy, a beleza está na combinação entre técnica e espontaneidade, no gesto intuitivo que revela a personalidade de quem usa a maquiagem.

A nova sede da Tom Ford Beauty no SoHo, em Nova York, é um reflexo desse espírito. O espaço oferece uma experiência sensorial completa, convidando o público a explorar texturas, fragrâncias e pigmentos que definem o universo criativo da marca. É ali que se pode compreender plenamente a essência do trabalho de Lucy Bridge — uma artista que transforma maquiagem em linguagem estética, capaz de capturar a alma do luxo contemporâneo.
Com sua nomeação, Tom Ford Beauty reafirma sua posição como uma das casas de beleza mais influentes do mundo. Lucy Bridge, com seu olhar moderno e poético, não apenas assume o pincel, mas redefine o que significa ser sofisticada no século XXI.