A temporada de 2026 da Fórmula 1 promete marcar um ponto de inflexão na história do automobilismo. Não apenas pelo avanço das tecnologias híbridas e dos combustíveis sustentáveis, mas também pelo ingresso de novos protagonistas que prometem redefinir os limites da categoria. Entre eles, dois nomes se destacam: Audi e Revolut. A entrada da montadora alemã como equipe oficial de fábrica vem acompanhada de uma parceria estratégica com a fintech global, que assume o posto de patrocinadora máster da futura equipe Audi F1. Juntas, as marcas anunciam mais que uma colaboração comercial: apresentam uma proposta ousada de reinvenção da experiência da Fórmula 1, unindo excelência automotiva à fluidez do mundo digital.
A presença da Audi na Fórmula 1 é uma aposta calculada, alinhada à sua estratégia de longo prazo. Gernot Döllner, CEO da marca, enxerga no campeonato não apenas um palco para performance, mas uma vitrine global capaz de conectar novos públicos à sua visão de futuro. Ao mirar na sustentabilidade e na eletrificação, a montadora faz da pista um laboratório de tecnologias que devem, mais cedo ou mais tarde, chegar às ruas. A transição da Fórmula 1 para motores híbridos avançados e combustíveis menos poluentes encontra eco na engenharia de ponta que caracteriza a Audi há décadas. Com centros de desenvolvimento distribuídos entre Alemanha, Suíça e o lendário Motorsport Valley britânico, a equipe nasce com um DNA de precisão e sofisticação.
A aliança com a Revolut amplifica esse projeto ao levar para o paddock a expertise digital da fintech, que já soma mais de 60 milhões de usuários em todo o mundo. Com soluções de pagamento ágeis e plataformas interativas, a empresa pretende transformar a relação entre fãs e o universo da F1. Durante os fins de semana de corrida, experiências personalizadas, acesso a conteúdos exclusivos e compras intuitivas de produtos oficiais da equipe devem romper as barreiras tradicionais entre público e competição. O objetivo é alcançar uma nova geração de entusiastas que busca mais do que a velocidade: deseja pertencimento, inovação e contato direto com a cultura do automobilismo contemporâneo.
Para Nik Storonsky, CEO da Revolut, o momento é estratégico. A empresa mira os 100 milhões de clientes e vê na Fórmula 1 um território fértil para ativar sua comunidade em escala global. Mais do que expor sua marca, a fintech pretende proporcionar vivências imersivas, que unam o fascínio da velocidade ao conforto e à inteligência dos serviços digitais. Essa integração entre tecnologia financeira e espetáculo esportivo sugere um novo capítulo na forma como grandes eventos se conectam com seus públicos.
A chegada da Audi à Fórmula 1 representa um movimento que vai além do campo esportivo. É também uma afirmação estética, tecnológica e cultural. A marca, historicamente associada à elegância e à inovação, agora coloca seu selo em uma das plataformas mais influentes do mundo, reposicionando o luxo não como ostentação, mas como experiência integrada, consciente e conectada.
A temporada de 2026 promete ser um marco. Em um grid cada vez mais voltado à sustentabilidade e à tecnologia, a união entre Audi e Revolut antecipa uma Fórmula 1 em que performance, design, inteligência digital e emoção caminham lado a lado. Um novo tempo se anuncia, e ele vem com velocidade, precisão e visão de futuro.