Enquanto as estrelas do tênis mundial disputam cada ponto do US Open em Nova Iorque, um levantamento feito no Brasil chama atenção para o fascínio que a modalidade exerce entre os mais ricos do país. Segundo pesquisa realizada pela plataforma MeuPatrocínio, quatro em cada dez homens brasileiros com renda mensal acima de 90 mil reais escolhem o tênis como seu esporte favorito, consolidando a prática como símbolo de status, sofisticação e estilo de vida.
O estudo foi conduzido entre julho e agosto com mais de dois mil participantes, todos usuários da plataforma, na faixa etária de 32 a 67 anos. O perfil do público é definido pelo poder aquisitivo elevado e pela busca por experiências exclusivas. Nesse universo, o tênis lidera com 41% das preferências, à frente de modalidades tradicionais entre elites globais, como polo, golfe, natação e até o emergente pickleball.
A predominância do tênis é explicada por diferentes fatores. Além de exigir disciplina, preparo físico e inteligência estratégica, o esporte oferece uma longevidade rara, já que pode ser praticado em distintas fases da vida. Para executivos e empresários, representa também um exercício mental alinhado à lógica de tomada de decisões, um reflexo da vida corporativa em quadra. A exclusividade é outro atrativo incontestável: o acesso a clubes privados, torneios internacionais e eventos de grande repercussão reforça a ideia de pertencimento a um círculo restrito. Como destaca Queila Farias, vice-presidente de comunicação do MeuPatrocínio, “o público entrevistado prefere experiências assim: exclusivas, sofisticadas e cheias de prestígio”.
O levantamento ainda revela um panorama interessante das práticas esportivas entre os mais abastados. O polo, associado ao universo equestre e à tradição aristocrática, aparece em segundo lugar, citado por 21% dos entrevistados. Em seguida, o golfe ocupa a terceira posição, com 16%, reforçando sua imagem como esporte de contemplação e networking em cenários privilegiados. A natação, com 11%, marca presença por sua versatilidade e benefícios físicos, seja em academias, clubes ou até em piscinas particulares. O quinto lugar é do pickleball, com 7%, um híbrido entre tênis, badminton e tênis de mesa, que rapidamente conquista adeptos pela praticidade e pelo espírito comunitário que traz às quadras.
O prestígio do tênis entre os mais ricos brasileiros acompanha o movimento global da modalidade, que se reafirma como espetáculo de alto impacto cultural e financeiro. No US Open, palco que reúne celebridades, bilionários e membros da realeza, a edição de 2025 marcará a maior premiação já paga na história do esporte: 90 milhões de dólares, equivalentes a cerca de 490 milhões de reais. O montante revela o alcance e a relevância de um jogo que transcende o universo esportivo e se consolida como parte da identidade de luxo e sofisticação no cenário internacional.
Assim, enquanto a disputa em Nova Iorque eletriza o público e consagra os grandes nomes do tênis mundial, no Brasil a modalidade reafirma sua posição como esporte preferido de uma elite que encontra nas quadras não apenas lazer, mas também um reflexo de poder, exclusividade e estilo de vida.