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O corpo pós-Ozempic e a ascensão da estética não invasiva

Nos últimos anos, a ciência transformou radicalmente a relação das pessoas com o peso e a saúde metabólica. Medicamentos como Ozempic e Mounjaro, ambos à base de semaglutida, se consolidaram como fenômenos globais, movimentando mais de 21 bilhões de dólares em vendas em 2024, de acordo com a consultoria IQVIA. Essa “injeção da magreza” não apenas redefiniu padrões, como também abriu uma nova frente de dilemas estéticos: a flacidez cutânea, a perda de colágeno e a mudança nos contornos corporais após o emagrecimento acelerado.

O que se observa agora é o surgimento de uma demanda inédita por tratamentos que devolvam harmonia ao corpo e ao rosto sem recorrer ao bisturi. Clínicas em todo o Brasil registram alta expressiva na procura por protocolos combinados, capazes de promover firmeza, estimular a produção de colágeno e suavizar a transição entre a perda de peso e a recuperação da autoimagem. Para o especialista internacional em equipamentos médicos estéticos Claudio Winkler, o processo é parte de um novo ciclo da beleza. “O paciente pós-semaglutida atinge sua meta na balança, mas muitas vezes sente que a pele não acompanhou a transformação. Hoje, a estética não invasiva oferece recursos seguros e naturais para reconectar corpo e autoestima”, afirma.

Entre as tecnologias mais procuradas destacam-se a radiofrequência multipolar, que aquece as camadas profundas da pele e estimula o colágeno; o ultrassom microfocado, que age em pontos estratégicos para efeito lifting, especialmente em regiões como papada e mandíbula; e o laser fracionado não ablativo, indicado para melhorar textura, reduzir poros e acelerar a renovação celular. Em casos de flacidez intensa, protocolos híbridos de radiofrequência com microagulhamento vêm ganhando protagonismo ao combinar estímulo mecânico e energia térmica.

Esses recursos já são reconhecidos como os “pós-tratamentos do emagrecimento acelerado”. Mais do que corrigir marcas físicas, eles estabelecem uma nova lógica para o setor: emagrecer é apenas a primeira etapa da jornada estética. A segunda, que cresce em importância no Brasil e no mundo, é devolver sustentação, proporção e naturalidade à aparência.

Combinando ciência, tecnologia e uma mudança de mentalidade, o país se afirma entre os líderes da estética global. Ao lado da revolução farmacêutica, os procedimentos não invasivos consolidam-se como símbolos de uma era em que saúde metabólica e imagem pessoal caminham lado a lado, oferecendo às pessoas não apenas a chance de viver mais, mas também de se reconhecer plenamente diante do espelho.

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