Por três dias intensos, o Parque Maeda, em Itu, se transformou em um território encantado onde música, tecnologia e imaginação se fundiram para criar uma edição inesquecível do Tomorrowland Brasil. De 10 a 12 de outubro, milhares de People of Tomorrow vindos de diferentes partes do mundo viveram uma jornada imersiva que combinou line-ups grandiosos, cenografias monumentais e experiências sensoriais únicas.

Sob o tema LIFE, a quinta edição brasileira explorou a origem da Árvore Mãe e do Elixir da Vida, conectando natureza, ancestralidade e futuro em uma narrativa que guiou o público ao longo dos cinco palcos espalhados pelo parque. O clima ajudou a compor o cenário: apesar das previsões de chuva na sexta-feira, o tempo se manteve firme; no sábado, o sol forte e o calor intenso dominaram; e o domingo encerrou o festival com céu limpo e brisa leve. Três dias de celebração intensa que reafirmaram o Tomorrowland Brasil como um dos eventos mais emblemáticos do calendário musical mundial.

DreamVille: a cidade vibrante que dá início à magia
Antes mesmo dos portões do festival se abrirem, a experiência Tomorrowland Brasil começou oficialmente com a abertura de DreamVille, o camping exclusivo que funciona como uma verdadeira cidade efêmera ao lado da área principal do Parque Maeda. Em 9 de outubro, milhares de pessoas de diferentes países desembarcaram em Itu e se instalaram nesse espaço único, que por cinco dias se transforma em um universo à parte, onde se come, descansa e celebra de quinta a segunda-feira.

Logo após a chegada, todos os visitantes seguiram para o The Gathering, a tradicional festa de abertura ao ar livre que antecipa a energia do fim de semana. O evento contou com performances eletrizantes de Dubdogz, Maddix, Malive, Nicky Romero, Samm e outros artistas, inaugurando a edição de 2025 com uma atmosfera contagiante e comunhão coletiva.

DreamVille oferece diversas opções de acomodação, que vão de áreas para barracas próprias até tendas pré-montadas e cabanas mais sofisticadas. Mais do que um simples espaço para dormir, é uma comunidade viva, com um Marketplace central que reúne lojas, barracas de comida, padaria, salão de beleza, áreas de convivência e serviços variados.

Durante o dia, os campistas podem relaxar em sessões de ioga, participar de atividades esportivas ou simplesmente aproveitar o clima vibrante de uma cidade em plena efervescência cultural. De sexta a domingo, as Daybreak Sessions exclusivas dão o tom das manhãs, funcionando como um aquecimento para o que está por vir, criando uma transição suave e inspiradora entre o nascer do sol e a explosão sonora dos palcos principais.

Crystal Garden: a estreia de um novo refúgio da house
Antes mesmo de mergulhar na programação, vale destacar uma das grandes novidades desta edição: a chegada do Crystal Garden ao Brasil. Considerado um dos palcos mais queridos da edição belga, ele fez sua estreia em grande estilo no Parque Maeda, ocupando uma clareira cercada por vegetação exuberante.

Com chafarizes, estruturas translúcidas, arcos florais e detalhes botânicos, o Crystal Garden foi concebido como um espaço de contemplação e celebração. Durante o dia, a luz natural refletia na água, criando um efeito quase etéreo; à noite, a iluminação suave e os lasers delicados transformavam o local em um verdadeiro jardim encantado. A curadoria musical foi pensada para esse ambiente: house, tech house e vertentes melódicas foram a base dos sets, criando uma atmosfera de dança leve, sofisticada e envolvente.

Na sexta-feira, o destaque foi Alok, que estreou no palco com seu projeto paralelo Something Else, revelando uma faceta mais experimental e menos mainstream. Em seguida, Green Velvet entregou um set magnético, com grooves hipnóticos que conquistaram o público. No sábado, nomes como Max Styler, Wade, Meduza e James Hype mantiveram o palco lotado ao longo da tarde, criando um clima de verão com um toque europeu. No domingo, Mochakk encerrou a estreia do Crystal Garden com um set vibrante e cheio de referências nacionais, consolidando o novo palco como um dos grandes sucessos desta edição. Entre os artistas que se apresentaram no Crystal Garden, o brasileiro Gabe destacou a energia única do espaço:
“Foi uma experiência marcante. O Crystal Garden é um palco novo no Brasil, com uma estética e proposta incrível, e desde o primeiro minuto do set a energia foi diferente. Tocamos relativamente cedo, e mesmo assim a pista já estava completamente cheia, com a galera vibrando em cada virada.” — Gabe
Sexta-feira: o desabrochar da flor e o início da jornada
O festival começou com um momento icônico: a cerimônia de abertura da flor do Mainstage LIFE. A voz narrativa profunda, marca registrada do Tomorrowland, ecoou pelo parque contando a história de Silvyra, reino mítico que inspira o tema deste ano. Ao som de uma trilha orquestral épica, luzes e efeitos visuais se sincronizaram até que a flor monumental no centro do palco se abriu lentamente, revelando seu núcleo luminoso e marcando o início simbólico da jornada.

No Mainstage, a brasiliense Camila Jun abriu oficialmente o festival, seguida pelo b3b explosivo entre DubVision, Third Party e Matisse & Sadko, que transformou a pista em um coro coletivo ao som de “Carry You”. Nervo, veteranas da cena, mantiveram a energia em alta, e Armin van Buuren emocionou ao trazer Sacha para cantar “Set Me Free” ao vivo. O encerramento ficou por conta de David Guetta, que emendou sucessos como “Titanium” e “Memories” em uma apresentação arrebatadora.

No Freedom Stage, os brasileiros Ruback apresentaram um techno melódico elegante, seguidos pela ucraniana Miss Monique, que hipnotizou o público. Vintage Culture encerrou a noite com um set intenso que manteve a pista cheia até o fim. O CORE, integrado à natureza, ofereceu uma experiência sensorial imersiva com house e techno alternativo envoltos por vegetação, luzes e aromas.
No Morpho, que estreou este ano, o destaque foi para os israelenses Infected Mushroom, referências do psytrance, e para a belga Mandy, que trouxe uma energia de hard techno visceral. O primeiro dia terminou em clima de descoberta: público aquecido, cada palco revelando sua identidade e um sentimento coletivo de que o melhor ainda estava por vir.

Sábado: calor, fantasias e encontros históricos
O segundo dia começou sob um sol intenso. Fantasias de super-heróis, fadas e criaturas místicas tomaram conta do público, que encontrou no leque o acessório indispensável para enfrentar as altas temperaturas.
No palco Morpho, o brasileiro Pontifexx abriu a programação com mashups autorais e clássicos do progressive house, seguido por Bruno Martini. Third Party, Matisse & Sadko e DubVision, que haviam se apresentado juntos na sexta, mostraram seus estilos individuais em sets eletrizantes. O encerramento foi comandado por Laidback Luke, vestido de super-herói, em perfeita sintonia com a atmosfera lúdica do público.

O Mainstage teve apresentações de B Jones e Da Tweekaz, seguidas por um set energético de Nicky Romero, que preparou o terreno para um dos momentos mais aguardados do festival: o B2B entre ANNA e Vintage Culture. Dois dos maiores nomes brasileiros dividiram o palco principal em uma performance progressiva e dançante, repleta de referências nacionais e internacionais. A noite seguiu com Axwell, que trouxe seus hinos do progressive house em uma produção pirotécnica impecável, e Dimitri Vegas, que encerrou a programação acelerando entre hardstyle e hard techno.

No Freedom Stage, o techno dominou com Eli Iwasa, Ida Engberg e o live set arrebatador de Reinier Zonneveld. Para Eli, que já havia se apresentado em outras edições, a volta teve um sabor especial:
“Este ano foi ainda mais incrível. Sempre falo que uma estreia é importante, mas voltar a um evento como o Tomorrowland é ainda mais. Foi especial demais ver a pista lotada durante meu set, e a energia lá em cima! Estou muito feliz, com os pensamentos ainda voltados pro festival.” — Eli Iwasa

O CORE manteve sua aura intimista com sets alternativos, enquanto no Crystal Garden a sequência de Max Styler, Wade, Meduza e James Hype transformou o jardim em uma pista de verão com atmosfera única.
Domingo: um encerramento à altura
O último dia começou cedo, com o público se espalhando pelos cinco palcos para aproveitar os últimos momentos de festival. No Mainstage, os shows de Steve Aoki, Alesso e Martin Garrix mantiveram a energia em alta ao longo da tarde.

O grande momento veio à noite, com Alok retornando ao palco principal para seu set tradicional. No ápice da apresentação, mais de mil drones iluminaram o céu de Itu, desenhando uma extensão luminosa da flor do palco LIFE, um gesto simbólico que encerrou a edição com emoção coletiva.
Nos outros palcos, a qualidade se manteve elevada: o Freedom Stage recebeu Boris Brejcha e o duo ARTBAT; o CORE continuou sua viagem sensorial com house e techno alternativo; o Morpho encerrou sua estreia com uma sequência de psytrance e progressive house; e o Crystal Garden teve um fechamento impecável com Mochakk, coroando a house nacional com estilo.

Experiências exclusivas: conforto, sofisticação e o requinte do Camarote Nº1
Além dos line-ups, o Tomorrowland Brasil 2025 ofereceu uma infraestrutura premium que elevou a experiência do público a outro patamar. Os lounges VIP proporcionaram vista privilegiada dos palcos, bares exclusivos, mobiliário elegante e ambientes reservados.
Entre as experiências mais notáveis esteve o Camarote Nº1, que levou sua assinatura de sofisticação para dentro do universo do Tomorrowland. Os frequentadores tiveram à disposição open bar e open food de alta qualidade durante todos os dias do festival, além de transfer exclusivo de ida e volta, com desembarque estratégico dentro do Parque Maeda, garantindo acesso rápido e confortável à área VIP.

A novidade de 2025 foi a ampliação do espaço, que passou de 500 para 1.200 convidados, um investimento que buscou oferecer ainda mais conforto. O Camarote Nº1 é uma criação da Holding Clube, responsável por eventos icônicos como o camarote do Sambódromo da Marquês de Sapucaí e o Réveillon na Barra de São Miguel, em Alagoas, e trouxe toda essa expertise para criar um ambiente premium dentro do festival.
As ativações de marca espalhadas pelo parque completaram o cenário com experiências tecnológicas e sensoriais, enquanto os espaços gastronômicos apresentaram uma curadoria cuidadosa e diversa. Para convidados e imprensa, bastidores e áreas restritas garantiram infraestrutura confortável e acesso facilitado aos artistas.

Uma edição para a história
Mesmo em um ano de incertezas após o incêndio que destruiu o palco principal na Bélgica e adiou a edição de 2026, o Tomorrowland Brasil 2025 reafirmou sua força. Foram três dias de sol, fantasia, inovação e música que transformaram o interior paulista em um reino vivo, onde natureza e tecnologia se encontram e a música se torna linguagem universal.

Com a energia vibrante do DreamVille, a estreia triunfal do Crystal Garden, apresentações históricas, falas inspiradas de artistas e uma experiência VIP à altura dos maiores eventos do mundo, esta edição entrou para a história como uma das mais completas e inesquecíveis já realizadas no país.