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ETEL apresenta diálogo criativo no Lake Como Design Festival

Entre os dias 14 e 21 de setembro, a cidade de Como voltou a ser o ponto de encontro de designers, arquitetos e artistas de todo o mundo com a realização da sétima edição do Lake Como Design Festival. Tendo como tema central Fragments, o evento ocupou palácios, vilas e espaços históricos pouco conhecidos da região italiana, propondo diálogos entre passado e presente, tradição e experimentação, memória e reinvenção.

No coração desse cenário, a ETEL reafirmou sua presença internacional ao apresentar uma mostra curatorial na Villa del Grumello, uma residência do século XVI restaurada e hoje integrada à vida cultural da cidade. Em uma das salas centrais, a marca brasileira construiu uma narrativa poética a partir do encontro entre a obra de Claudia Moreira Salles e as criações de Etel Carmona, destacando como diferentes gerações e olhares convergem na valorização da madeira como matéria viva e portadora de histórias.

A escolha da madeira como protagonista não é casual. Há mais de três décadas, a ETEL preserva um compromisso profundo com essa matéria-prima, tratando-a não apenas como recurso, mas como herança da natureza. Cada peça nasce de um gesto cuidadoso que respeita o tempo, a origem e a singularidade de cada fragmento. Esse processo vai além da sustentabilidade certificada pelo FSC, envolvendo também a recuperação de madeiras nobres e antigas. Para a marca, nenhum resíduo é descartado: o que poderia ser perda transforma-se em esculturas do cotidiano, em objetos que carregam a delicadeza do gesto artesanal e a permanência simbólica da memória.

A mostra apresentada em Como também reverenciou a trajetória de Claudia Moreira Salles, retomando elementos de A Tribute to Craftsmanship, exposição já exibida na Milano Design Week deste ano. O diálogo estabelecido entre a designer e Etel Carmona reforçou a visão da ETEL de que o design é, antes de tudo, um exercício de continuidade: a união entre passado e futuro, tradição e inovação, intuição e técnica.

Ao ocupar um espaço histórico à beira do lago, a ETEL levou consigo o DNA do design brasileiro contemporâneo, enraizado na natureza e ao mesmo tempo aberto ao mundo. A mostra, que uniu fragmentos de memória e matéria, reafirmou que a verdadeira sofisticação está em reconhecer o valor do tempo e transformar o essencial em permanente inspiração.

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