Leonardo DiCaprio construiu uma carreira marcada pela intensidade de seus personagens, mas também cultivou, longe das câmeras, uma paixão silenciosa: a relojoaria. Desde os anos 1990, o ator vem sendo flagrado com peças que fariam suspirar até os mais exigentes colecionadores, sempre selecionadas entre as maiores maisons do setor. Discreto no vestir, quase sempre fiel a um uniforme de jaqueta, jeans e camiseta pretos, DiCaprio encontrou nos relógios a maneira mais refinada de afirmar estilo e sofisticação.
Durante anos foi embaixador da TAG Heuer, estabelecendo uma relação duradoura com a marca. Também já exibiu clássicos da Jaeger-LeCoultre e da Cartier. Com a Rolex, sua história é quase cíclica: nos anos 1990, posou com um Daytona em um ensaio que se tornou icônico, e em 2025 foi oficializado como embaixador da maison suíça. Não surpreende que sua escolha tenha sido justamente outro Daytona, reforçando a coerência de uma trajetória que une cinema, elegância e tradição relojoeira.

No cinema, os relógios também tiveram protagonismo. O Lobo de Wall Street eternizou a cena em que Jordan Belfort, seu personagem, ostenta um TAG Heuer dourado em meio a discursos insanos. Já em Não Olhe para Cima, sátira sobre a crise climática, um Cartier Tank aparece no pulso de seu astrônomo em ascensão, refletindo a sobriedade de quem enfrenta o caos com discrição.

Entre tantas aparições, cinco modelos se destacam como capítulos definitivos dessa história. Em 2025, pouco depois de selar a parceria com a Rolex, DiCaprio foi visto em um jogo do Los Angeles Lakers usando um raríssimo Cosmograph Daytona “Racing”, de caixa em ouro branco e detalhes em vermelho esportivo, verdadeira relíquia dos anos 2000. Três anos antes, em 2022, chamou atenção com um Patek Philippe Nautilus Tiffany 5711, peça de apenas 170 exemplares no mundo, cuja versão leiloada alcançou 6,5 milhões de dólares.
Em 2021, novamente no cinema, a escolha recaiu sobre o Cartier Tank, símbolo absoluto de elegância atemporal, já usado por nomes como Lady Di e Andy Warhol. Voltemos então a 2013: em O Lobo de Wall Street, o TAG Heuer Série 1000 dourado protagonizou uma das cenas mais lembradas, consagrando um relógio que, embora simples e acessível em comparação com outros de sua coleção, é considerado fundamental na história da marca suíça. Por fim, em 2004, no tapete vermelho da estreia de O Aviador, DiCaprio surgiu com um Jaeger-LeCoultre Reverso Septantième, edição limitada criada em platina para celebrar os 70 anos do modelo, com apenas 500 exemplares produzidos.

A coleção de Leonardo DiCaprio não é apenas um inventário de relógios de prestígio. Ela reflete a identidade de um homem que prefere a sobriedade às excentricidades, mas que reconhece no detalhe técnico e na tradição artesanal uma forma de expressão pessoal. Cada peça escolhida é um capítulo de sua trajetória, ora no cinema, ora na vida, sempre marcada por uma elegância que atravessa décadas.